Cá estou eu a falar de novo. E de novo é tanta coisa pra falar!!! Talvez até mais que antes. Talvez de uma forma diferente de antes. Queria comentar sobre o futebol e os últimos vexames do grêmio. Queria falar sobre a diabetes, o quanto eu odeio ela e o quanto ela me incomoda. Mas agora eu quero falar de outra coisa. De trabalho. Sim, de trabalho.
Trabalhar numa biblioteca é exatamente o que eu imaginava. É mágico. Ontem não tinha muito o que fazer. Li um livro. O nome dele é Insônia, é literatura juvenil. Muito bom, mesmo. Eu amo ler. De verdade, sempre gostei. Mas ultimamente só andava lendo livros de pedagogia (os quais eu lia por obrigação) e suspense, muito de vez enquanto. A tempo não lia um livro assim, diferente. Ele prendeu minha atenção total, e me deixou assim. Eu sempre fico assim quando eu leio um bom livro. Começo a pensar em narrativa. Como se tudo que eu pensasse estivesse num livro. Começo a descrever pra mim mesma tudo que estou fazendo, pensando, sentindo, como se estivesse escrevendo um livro. Me deu muita vontade de escrever um. Mas sobre o quê? Sobre mim mesma? Não. Um dia eu penso em algo. Definitivamente eu amo ler. Quero começar a ler os clássicos, os quais tenho todos em casa e nunca li. Peguei A Moreninha, mas ainda não comecei. Quero ler poesias. Quero ler muita coisa e conhecer muita coisa.
Hoje eu comecei a amar meu trabalho. Ajudei algumas alunas da 5ª séria a pesquisar sobre constelações. Procurei alguns mapas para uma professora, e arrumei o mapa do RS, que estava rasgando. Como o RS é enorme! Tem tanta cidade desconhecida por nós que a gente nem imagina! A coordenadora pedagógica veio falar comigo. Altos projetos que eu terei de organizar com os alunos da tarde, de pré-escola à 4ª série. Me deu medo. Muito medo. Mas também estou ansiosa. Espero que dê tudo certo. Trabalhar numa biblioteca é realmente muito bom. Ela é bem desorganizada, e é por isso que eu estou aqui, para organiza-la. Ela é meio pobre, e não tem nada de Sherlock Holmes nem de Agatha Christie. Mas assim eu leio outros livros. Trabalhar numa biblioteca é muito legal. Muito legal mesmo.
Sobre o futebol, todo mundo viu. O grêmio jogou uma partida primorosa contra o Univesidad do Chile, como a muito tempo eu não via. E não conseguiu fazer um gol sequer. E jogou uma bosta contra o inter. Maldito Roth que trocou o esquema tático, recuou o time e perdeu mais um Grenal. Eu já disse, cobro menos de 1/10 do que ele ganha e faço muito melhor. Esse cara é o fracasso em pessoa.
Diabetes é uma droga! Se ao menos eu fosse rica o suficiente pra pagar 10 reais por um pote de brigadeiro diet. Ou se ao menos as lojas de conveniências dos postos tivesse coisas diet a venda, como gelatinas... Mas não e eu passo inferno que é não poder comer açúcar. Como isso me irrita! Desde ontem eu tava imaginando... Sonhando com o dia em que eu vou viajar pra São Paulo, ou pra Porto Alegre, pra fazer minha cirurgia. E me livrar desta droga pra sempre, e comer um pudim inteiro e uma barra de chocolate e ir num buffet de sorvete e comer a vontade, sem me preocupar com açúcar ou injeções. Mas as vezes fico triste em pensar nisso, pensar que talvez meu sonho não se realize. E se não descobrirem a cura a tempo? E se ela não servir pra mim? E se eu tiver que passar o resto da vida usando adoçante e tomando injeção? Mas que droga. Como diria o Shikamaru, isso é tão problemático... Respondendo ao Moisés, resolvi controlar o açúcar por que não aguentava mais estar sempre com sede, sempre com a boca seca, sempre cansada, sempre me sentindo mal, sempre ouvindo todos dizerem que eu estava me matando e sempre j]chorar de medo quando via filmes e animes onde meninas doentes morrem e deixam as pessoas que ela ama sofrendo. Mas não é fácil. Juro que não é. Mas vou levando. Me sinto melhor por saber que estou cuidando de mim e fazendo a coisa certa. Juro que sim.
Não vou mais falar. Já falei demais, isto aqui é um blog, não o meu livro. Perdão se importunei vocês, mas isto aqui é meu e vocês leram por que quiseram. Mas obrigada assim mesmo pela paciência. ^^
