sábado, 15 de maio de 2010

Depois de muito tempo... O Bullying!

Estou de volta. Minha vida deu dez mil voltas e reviravoltas, mas aqui estou. Estou organizando dois blogs na faculdade, e isto me inspirou a cuidar do meu. Primeiro, uma rápida pincelada na minha nova vida: Sim, ainda estou namorando o cara maravilhoso que citei no último post, e estamos cada vez melhores. Não trabalho mais como bibliotecária, e nem dou aulas para o 2o ano do fundametal (esta última eu nem cheguei a comentar aqui =P). Atualmente, sou bolsista do PIBID - Pedagogia, curso o 6o semestre do curso de Pedagogia da UFPel e faço aulas de violão e técnica vocal. Voltei a assistir animes e séries, pedalo bastante e assisto muito futebol. E cuido do blog do PIBID e do blog de Práticas Educativas. Sim, minha vida está repleta e maravilhosa!

Mas vamos ao que interessa. Tenho tido vontade de falar sobre muita coisa. Aliás, o assunto de hoje ia ser espontaneidade X inspiração. Mas deixa pra outro dia. Deu vontade de falar sobre BULLYING.

Para quem não sabe, Bullying "é uma situação que se caracteriza por atos agressivos verbais ou físicos de maneira repetitiva por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo inglês refere-se ao verbo 'ameaçar, intimidar' ". Não apenas na escola, mas em qualquer ambiente, em casa, no trabalho, no clube...

Creio que todos já passaram ou passam por esse tipo de situação, em especial quando criança. Lembra aquele apelido que você não gostava mas insistiam em te chamar? Ou aquele seu colega gordinho que era o alvo das piadas da turma? Pois é. Isto é o bullying. E é um assunto extremamente sério. Talvez você possa ter vergonha de sair com os cabelos soltos, ou de mostrar as pernas, ou de se apresentar em público. São algumas das marcas que o bullying deixa nas pessoas. Talvez com ajuda psicológica, uma melhorada na auto-estima ajude a superar isso. Mas o casos de bullying estão cada vez piores e deixando marcas cada vez mais profundas. O número de jovens que tentam o suicídio numa tentativa desesperada de se livrar desta constante humilhação é cada vez maior.

Xingamentos, recados, comunidades de orkut, toda ferramenta possível é usada hoje em dia como uma forma de intimidar colegas, jovens, adultos, crianças, enfim, uma forma de humilhação pública da qual não se pode escapar. Me dói ver as pessoas passando por este tipo de humilhação. Quando criança, também fui vítima de bullying, mas graças a ajuda da minha família, amigos e terapeutas, tudo (ou quase tudo) foi superado. Naquela época não se falava em efeitos nocivos e doentios, em sintomas sociais. E a coisa também não tinha um alcance gigantesco que a internet hoje em dia possibilita. Não é "coisa de criança". É uma prática cruel, que beira a tortura psicológica e reage diretamente no físico. É algo que precisa ser parado. E, se a internet foi a grande difusora desta prática, cabe a nós utilizarmos-a para lutar contra ela.

Internet significa informação. Mas que tipo de informação queremos passar através da rede mundial de computadores? Temos o dever de utilizar toda e qualquer ferramenta para combater esta prática abominável, chegar aos jovens que conhecemos, sejam alunos, sejam filhos, sejam sobrinhos, e lutar por dias melhores na vida em sociedade. Combater o bullying depende de nós, da forma como lidamos com estas situações, do grau de seriedade com que tratamos o assunto. Já passou da hora de combatermos o bullying. Quantas crianças mais teremos que perder (física e psicológicamente) para que o assunto seja realmente levado a sério?

Peço apenas que reflitam, e não deixem que os pensamentos fiquem apenas em vocês, mas que alguma providência seja tomada!

Abraços e bem-vindos de volta!

7 comentários:

Unknown disse...

Tu escreve muito bem Camila!
Legal o assunto que falastes,realmente é bem assim.

.:::UNIVERSO POTTERIANO:::. disse...

Verdade, c escreve bem mesmo ^^ eh um tema polemico tbm, apesar d nem todas as pessoas c darem conta d quão prejudicial pode ser p/ alguem =/ enfim..tomara q isso diminua =l

Maurício disse...

Comentei. =P

Tássio Fernando disse...

Eu também passei por isso \o/
vida de nerd é foda, mas só vou dizer isso, não vou contar pq, nem como foi, pq to com preguiça e me apressaram ¬¬

Bibi Gamino disse...

É foda.

Anônimo disse...

Ótimo texto, Camila! Tu sabes expressar tudo tão bem que eu morro de inveja! hihi xP
Parece que as pessoas não dão tanta importância pro bullying, pelo menos ao meu ver. Já presenciei vários desses 'atentados' à colegas durante toda a fase escolar e sei que é muito grave. Essas coisas deixam cicatrizes profundas nas pessoas... recomendo pra quem nunca viu o filme "Bang Bang você morreu" que relata perfeitamente esses abusos. Eu assisti ele em uma palestra que o meu antigo colégio ofereceu sobre o assunto e achei ele muito bom. Acho que é isso, afinal tu falou tudo! xD
Beijo lindaaaaaa!

Ravnakungens disse...

O bullying realmente é um assunto polêmico, principalmente quando abordado unilateralmente. Na minha humilde opinião o bullying poderia ter aspectos positivos, deixe-me explicar como:

Só ficamos, verdadeiramente, em posição de vítima em uma única circunstância: forças assimétricas. O que é isso? Alguém com uma arma apontada para nós, ou seja, situações onde REALMENTE não temos, ou temos muito pouca, chance de nos defender. Fora isso, qualquer outra posição de vítima é somente porque aceitamos aquela condição, mesmo que subconscientemente.

As vítimas de bullying que eu já conheci se encaixavam basicamente em um mesmo perfil: possuíam algo que os tornava diferentes, e principalmente, não sabiam/não queriam/não podiam se defender. O buller, no geral, tende a ser covarde e "escolhe" suas vítimas baseado no fator de presa fácil. Existem exceções, obviamente, mas o buller escolar é normalmente isso.

Não se tem como evitar o bullying, porque é um comportamento humano dominar os "inferiores". Isso acontece mesmo entre os animais, então não é surpresa isso existir em nós. Então, tentar fazer com que não existam bullers, é um esforço hercúleo e fadado ao fracasso. O mais correto a ser feito é ensinar as vítimas a revidar, fisicamente ou verbalmente, fazendo o buller ficar como vítima para que ele sinta os efeitos do que ele faz com os outros. Ninguém disse que a vida tem que ser boa e justa, então estamos em um grande mar onde o peixe maior come o menor.

Por isso, eu vejo o bullying como um processo de seleção natural. Pode parecer meio cruel o que eu estou dizendo, mas é verdade. Se alguém não tem capacidade para enfrentar alguém que está transformando sua vida em um inferno, será que essa pessoa "have what it takes" para enfrentar outros obstáculos na vida? Atualmente, em nossa sociedade falsamente utópica, as pessoas "preferem" ser vítimas porque no geral é mais fácil.

Existe no exército Russo, um sistema informal conhecido como дедовщина(Dedovshchina ou Diedovshina), ou Lei dos Avôs. É um bullying que acontece com os conscritos do primeiro ano, executado pelos do terceiro. Sim, nas forças armadas Russas, o tempo de serviço é de três anos. A lei dos avôs é absurdamente cruel, envolvendo inclusive torturas físicas. Mas como eu falei anteriormente, isso é um dos principais fatores que fazem com que o soldado russo seja um dos mais ferozes do mundo, porque acaba sendo uma preparação para o que ele experimentará no campo de batalha. Hoje em dia, existe uma organização de mães(que obviamente não entendem nada sobre guerra) cujos filhos não tiveram a tenacidade necessária para aguentar a lei dos avôs, que protesta contra isso. Não sabem elas, que o fim da dedovshchina afetará diretamente no desempenho do Exército Russo.

Deixo bem claro que não sou a favor do bullying, mas também não tenho compaixão com as vítimas. Eu tive tudo pra ser uma vítima (gordo, 1 dedo em cada mão, etc), mas não fui porque revidei. Se eu tivesse sido protegido, ou até me deixado ser vítima, eu não seria nem parecido com o que sou hoje, porque é no fogo mais forte, que se forja o bom aço. Como diz o velho sábio gaucho, "se a força falta no braço, na coragem me sustento".

Então, ensinem as crianças do futuro a se defender, porque isso é essencial para qualquer ser humano. E tenho dito.